Projeto Final: Aspectos formais

1. Introdução

O Projeto Final (PF) é um documento formal que deve ser preparado e redigido de acordo com uma série de exigências acadêmicas que apresentamos neste documento.

2. Aspectos do documento

2.1. Formato do documento

O PF não será entregue em formato impresso, exceto se houver exigências por parte da universidade. O PF apresentado deve seguir as indicações abaixo:

2.1.1. Página, margens e fonte

  • O documento deve ser ajustado ao Modelo Oficial de Projeto Final da área correspondente. Este modelo está disponível nas Normas do PF e contém a estrutura geral que o PF deve ter.
  • A página deve ser de tamanho A4.
  • A margem esquerda deve ter 3 centímetros e o restante das margens (direita, superior e inferior) devem ter 2,5 centímetros.
  • A fonte deve ser Arial ou Times New Roman com tamanho 11.

2.1.2. Espaçamento e alinhamento

  • O espaçamento entre linhas deve ser de 1,5.
  • Entre os parágrafos, deve ser deixado um espaço extra (uma linha vazia).
  • As citações em bloco (citações com mais de 40 palavras) ocuparão um parágrafo próprio, com margem esquerda de 1,3 e entrelinhas simples.
  • Os parágrafos devem ter alinhamento justificado.

2.1.3. Numeração

  • A numeração das páginas deve situar-se na parte inferior direita da página.
  • Capa, folha de rosto e agradecimentos não numerados.
  • O índice é numerado com números romanos.
  • Os anexos também não são numerados.

2.2. Extensão do documento

O PF deve ter uma extensão de entre 40 e 60 páginas para os cursos de especialização. Para os Mestrados, a extensão esperada situa-se entre 80 e 120 páginas, sem contar capa, índice e anexos, se houver.

Sobre este aspecto, enfatiza-se que a qualidade do trabalho nunca é determinada por sua extensão, mas pelo rigor aplicado nos aspectos considerados de maior relevância.

2.3. Organização interna dos conteúdos do pf

A estrutura geral do trabalho deve ser aprovada na Proposta Inicial (documento PF-D1), pois pode variar sensivelmente em função do trabalho que o aluno deseja realizar. É muito importante levar em consideração que quando é realizada a entrega definitiva do trabalho, é necessário incluir uma capa.

2.3.1. Numeração dos capítulos e subcapítulos do PF

Com o objetivo de facilitar a organização dos conteúdos do PF, é necessário numerar as diferente divisões e subdivisões do documento, Algumas indicações sobre como numerar os diferentes capítulos:

  • As divisões principais (capítulos do projeto) serão numeradas correlativamente a partir de 1.
  • Os subcapítulos (seções de segundo nível) mantêm o número da divisão principal sob a qual se enquadram, seguidas por um número que marcará sua ordem correlata.
  • Esta forma de numeração pode continuar nas subseções de terceiro e quarto nível, acrescentando a correlação do nível às do nível em que se enquadra.
  • Os números são separados por um ponto entre eles, como é possível ver no exemplo que abaixo.
  • Os títulos de capítulo vão em LETRAS MAIÚSCULAS E EM NEGRITO (14); os título de subcapítulos vão em letras minúsculas e em negrito (12); os títulos de seção (nível 3) vão em letra minúscula, negrito e itálico (11); os títulos de subseção (nível 4), em letra minúscula e itálico (11).
  • Os capítulos devem ser iniciados sempre em página nova. Deixa-se uma linha em branco após o título do capítulo. Deixa-se uma linha em brando antes dos títulos dos subcapítulos.
Exemplo
Deve-se evitar que um título fique sozinho ao final de uma página.

2.3.2. Numeração de tabelas e figuras

As tabelas e figuras incluídas para complementar as explicações do texto escrito devem vir acompanhadas de um título numerado. Nas normas Vancouver, tanto tabelas quanto figuras levam o título acima. Nas normas APA, as tabelas levam o título acima e as figuras levam o título abaixo. Tabelas e figuras seguem numerações independentes.

A numeração deve ser aplicada em números arábicos, sendo formada por dígitos separados por um ponto:

  • O primeiro dígito refere-se ao capítulo (primeiro nível) dentro do qual a tabela ou figura está incluída.
  • O segundo dígito refere-se à ordem correspondente por sua localização no capítulo em questão.

Por exemplo, a “Tabela 3.4” é a quarta tabela que aparece no capítulo 3.

Com relação à inclusão da fonte da tabela ou figura:

  • Nos trabalhos realizados segundo a norma Vancouver, deve-se incluir a fonte da tabela ou figura seguido do título, mediante um número entre parênteses (veja a Norma Vancouver para mais detalhes).
  • Os trabalhos realizados segundo a norma APA devem considerar que, abaixo da tabela ou figura são acrescentadas as notas correspondentes (com numeração própria). Também devem ser citadas abaixo a fonte de procedência da tabela ou figura (veja a norma APA para mais detalhes).

Na medida do possível, deve-se evitar que uma tabela ou figura seja dividida entre duas páginas.

3. Redação e estilo de escrita

3.1. Estilo narrativo

A seguir, são propostas algumas orientações básicas de redação acadêmica.

  • O texto deve ser escrito de maneira impessoal, na terceira pessoa do singular ou na primeira pessoa do plural. A pessoa gramatical escolhida deve ser mantida ao longo de todo trabalho.
  • Tente ser coerente com o uso dos tempos verbais.
  • Quando se faz referência a conhecimentos gerais ou que já foram publicados, recomendase empregar o presente do indicativo (p. ex. Este autor observa, propõe, avalia, etc.).
  • Quando se faz referência a uma parte dedicada ao próprio trabalho, é melhor empregar o passado (p. ex. observou-se/observamos, propôs-se/propusemos, avaliou-se/avaliamos, etc.).
  • Recomenda-se apresentar os resultados com segurança: evite o uso do potencial (poderia…), evitar “etc.” em excesso (se necessário, dê preferência a listas completas) ou evite termos relacionados com suposições ou opiniões (acreditamos, talvez fosse…).
  • Quando proporcionamos dados numéricos (75% dos australianos), estes devem vir acompanhados da fonte correspondente.
  • Quando se faz referência a menções ou expressões externas, estas também devem vir acompanhas de sua fonte. Portanto, é melhor evitar expressões do tipo “ultimamente, acredita-se que…”.
  • É preciso eliminar as possíveis ambiguidades e conceitos que se mostrem pouco claros.
  • Utilize traços, letras ou números para listas de conceitos se você achar necessário.

3.2. Estilo de redação

É indiscutível que cada autor tem um estilo de escrita próprio, mas isso não exclui que o texto deve seguir um estilo adequado ao contexto acadêmico. Dentro da liberdade que cada autor tem, proporciona-se abaixo uma série de conselhos que promovem uma melhor leitura do texto. Seja como for, as normas básicas que determinam qualquer estilo de redação são: coerência e simplicidade.

  • Mantenha um estilo coerente ao longo do texto.
  • Escreva orações curtas. É preferível um estilo “telegráfico”, porém claro, do que um estilo enrolado e confuso. Uma ideia clara pode ser expressada em uma frase curta e simples. É importante destacar que uma oração termina com “ponto” ou “ponto e vírgula”, mas nunca com somente “vírgula”.
  • Certifique-se de que todas as suas frases contenham um verbo (conjugado). Ao escrever frases longas, pode acontecer de esquecer-se do verbo principal. Uma frase sem um verbo conjugado é uma fase incompleta.
  • Procure construir suas orações na ordem clássica (sujeito-verbo-objeto). Fazer variações originais costuma atrapalhar a redação.
  • Evite o excesso de orações subordinadas. É comum es escrever frases longas com muitas orações subordinadas. Nestes casos, é bom perguntar-se qual é a ideia principal e dar-lhe a forma de uma oração breve e completa. Em seguida, as orações podem ser transformadas em frases complementares, mas independentes, breves e completas. Desta maneira, uma frase longa e confusa transforma-se em um parágrafo de orações breves e coordenadas.
  • É recomendável moderar o uso de reticências, interjeições entre traços e parênteses.
  • Evite parágrafos de uma só oração. Todo parágrafo deve conter uma oração principal e, junto com ela, orações de apoio (argumentativas, explicativas, de exemplificação, etc.). Faça do parágrafo uma unidade de redação.
  • Optar por nomes coletivos antes de derivá-los por gênero, sempre que possível (“os estudantes” ou “o corpo discente” soam melhor que “os alunos e as alunas”).
  • Escreva, sempre que possível de forma afirmativa: é melhor “lembrar que” do que “não esquecer que”.
  • Opte pela simplicidade. Por exemplo, evite “o qual”, “o que” ou “cujo” (e derivados) quando é possível usar somente “que”. Opte por formas simples dos verbos ao invés de usar perífrases (“manter” ao invés de “efetuar manutenção”) e escolha advérbios ao invés de locuções adverbiais (“se” em vez de “no pressuposto de que”).